quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Simplesmente não consigo mudar

O especialista em segurança diz em uma matéria sobre assaltos em Salvador que ouvir música na rua, com fone de ouvido, ou falar ao celular deixa a pessoa vulnerável. “É uma vítima fácil, está distraída, sem ver o perigo. Isso deve ser evitado”... Infelizmente, já percebi não vou conseguir ficar menos distraída. Circulo pela cidade de ônibus (não sei dirigir e não vou torrar meu salário com taxi). OBVIO que eu preciso ocupar minha mente com alguma coisa, seja ouvindo rádio ou lendo. Simplesmente não dá para andar por aí ALERTA o tempo todo como se fosse levar um tiro e ter minhas coisas roubadas a qualquer momento... já tentei ser assim, uma pessoa DESCONFIADA, mas não é de minha natureza.... Já fui vítima 8 vezes, reagi em algumas, em outras simplesmente fiquei estática. Percebi que não tenho um padrão. Na primeira, estava andando na rua em Nazaré, de manhã, o ladrão tinha uma faca e levou meu relógio. Na segunda, passando em frente ao Elevador Lacerda, o ladrão meteu a mão no meu pescoço pra levar minha corrente e eu reagi. Ele saiu correndo. Na terceira, o cara veio na minha direção com uma faca. Estava num ponto de ônibus (cheio) no Itaigara, 17h. Queria levar meu celular. Eu comecei a correr na direção do ponto de taxi e a gritar por socorro. O cara fugiu. Na quarta, estava com uma tia, duas amigas dela e mais duas crianças em Itapuã, num ônibus seletivo indo para a praia. O ladrão já estava no transporte, sacou uma arma e apontou pra mim. Levou quase tudo de todo mundo, inclusive meu relógio e meu celular. O motorista teve uma crise de choro, fomos para a delegacia, e ouvimos que era isso mesmo e tal... que era pra EVITARMOS ANDAR COM VALORES E PEGAR ÔNIBUS NAQUELA REGIÃO PQ ERA MUITO PERIGOSA. Minha tia, que não deu o dinheiro que carregava consigo, nos levou pra praia e depois para almoçar pra tentar fazer todo mundo não sofrer tanto com o acontecido. E conseguiu. Na quinta, sexta e sétima vezes, abriram minha bolsa e levaram minha carteira dentro do ônibus cheio ou na casa de um amigo. Na oitava, estava na Federação, novamente parada no ponto, de manhã, e o ladrão, com uma faca, levou meu celular. Fui falar com dois policiais que estavam no módulo, e eles me disseram que não podiam fazer nada, que não era para eu estar com o celular na mão e que eu fosse na delegacia dar uma queixa... Aliás, sou craque em delegacia. Da furtos e roubos, então... Também já fui vítima de cartões clonados e duas vezes de abordagens de tarados em cinemas. Por isso, quando não estou acompanhada (raro estar), sento sempre numa extremidade da fila que me permita sair correndo se preciso for... Tudo isso que passei não fez de mim uma pessoa mais prudente e eu continuo acreditando na humanidade, dando a outra face, tendo decepções com anônimos e amigos. E não vou mais brigar com minha natureza para mudar isso. Tenho 37 anos e simplesmente não sei ser diferente do que sou, mesmo que me esforce. Mesmo que isso faça de mim uma vítima de qualquer agressão mais uma vez.

domingo, 20 de maio de 2012

De volta

Tenho esse blog desde 2008 e nunca consegui me desfazer dele... Podia também deletar os posts e começar tudo de novo, mas acho que não seria bacana comigo mesma, afinal ele traz um pequeno recorte do que sou. Hoje, resolvi escrever de novo e falar como me sinto, mas a verdade é que não sei muito bem. Minha avó, com quem vivo desde que nasci, sofreu um avc há 40 dias e desde então eu assumi as rédeas da vida dela e da minha... e isso é assustador... Depois de crises de pânico tão fortes que nem conseguia respirar direito, passei a sair todas as noites como se não houvesse amanhã até chegar ao momento atual, em que nada tem muita graça, nem cinema, nem shopping, nem os amigos, nem Gabriel, nem minha casa... Depois da gastroplastia, tudo ficou pior pq estou sempre fraca, sonolenta, exausta, faminta mas sem saco pra comer nada... como não posso ficar nessa por muito tempo - até pq tenho uma úlcera para não criar - acho que vou ali tomar meus remédios, tentar comer uma coisinha e ser feliz.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Para acalmar meu espírito, só a banda Eva

Tudo Certo na Bahia
Composição: Saulo Fernandes/ Adriano Gaiarsa/ Alcione Rocha/ Renan Ribeiro/ Rudson Daniel

Tudo certo na Bahia
Brisa boa de meu Deus
Quem diria que eu encontraria
Meu olhar dentro do seu
Preciso de calmaria
Pra levar o meu viver
Ancorar meu barco junto ao seu
Liberdade deus me deu
E de manhã
Acordar com cheiro
Misturado seu e meu
Por tudo que aconteceu
E de noitinha
Faça um cafuné mainha
Tome um banho de Bahia
Que painho é todo seu

Tou nervosa

Perdi o sono após ter sido acusada injustamente de algo que não fiz. Como lidar com isso? Hein, me diga. Como? Já me defendi, mas mesmo assim não foi suficiente. Não consigo me acalmar. Até porque a pessoa que me acusa não tem moral nenhuma para isso. Gente mal acostumada a ter vida mole e quando é contrariada sai atirando pedra... aaaahhhhhhhh

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

?

Como lembrar de você e não sorrir?
Como falar de você e não cantar?
Como saber se é certo sonhar com você?
Se eu devo seguir os seus passos e acreditar

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Desabafo!

Tou cansadona da vida, sabe? De ter que saber todas as respostas, de tentar ser sempre uma pessoa legal, de me condenar toda vez que trato alguém mal, mesmo que a pessoa mereça... Tou cansada por demais de lidar com gente que acha que sempre tem razão e ter que fingir que tá tudo bem pra não magoar. Olhem pra vocês e vejam seus defeitos e parem de me cobrar coisas que eu não posso resolver. Parem de me ver como alguém sem problemas e ter inveja de coisas que, na verdade, não valem nada. Eu não vou mais esconder meus sorrisos com medo de ofender alguém quando estiver feliz, nem vou ficar angustiada porque disse ou fiz algo que pode machucar alguém. Não sou Deus e não tenho esse poder todo! Tudo que faço é sempre com objetivos positivos. Só quero deixar claro que não quero o mal de ninguém, nem perseguidores, nem inimigos, mas se eles persistirem, não me importarei mais. Se mesmo assim, alguém quiser parar de falar comigo, fique à vontade para tomar a decisão.

domingo, 8 de agosto de 2010

Los Hermanos na Concha Acústica


Como a maioria dos desavisados, meu primeiro contato com os Los Hermanos foi através do sucesso de Anna Júlia, tocado à exaustão até mesmo no Carnaval... Minha sorte é que eu tenho um amigo carioca superfã da banda desde o primeiro disco. Alexandre Telles (@telles_alex) me deu aulas animadas sobre os caras, fez cópias de todos os CDs (a medida que eram lançados) e acabei me apaixonando pelo som e pelas letras dos caras ao ponto d'eu malhar ouvindo as músicas deprê-românticas no meu i-pod.
Não lembro quantos shows dos Los Hermanos já rolaram por aqui ou a quantos eu fui. Teve em Feira de Santana, no Festival de Verão, na Àrea Verde do Othon, no Wet'n Wild e na Concha Acústica do TCA por duas vezes, a última em setembro de 2008, o melhor de todos.
Quando soube que os Hermanos, separados depois de tanto tempo, vão fazer uma única apresentação por aqui justamente na Concha, fiquei louca. Em 17 de outubro - um domingo - vou rumar para o centro da cidade com os outros seguidores da banda e cantar até ficar rouca músicas como A Flor, Último Romance, Sentimental e Além do que se Vê e torcer pra eles tocarem Pierrot - o que só aconteceu por aqui uma vez.



Eu tava nesse!




Minha preferida:

Último Romance
(Rodrigo Amarante)


Eu encontrei quando não quis mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pr'eu merecer
Antes um mês e eu ja nao sei...
E ate quem me vê lendo o jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei
E ninguem dirá que é tarde demais,
Que é tao diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe pequena...
Lá vai
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola
Eu te encontrei e quis duvidar tanto clichê deve nao ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor
E só de te ver eu penso em trocar a minha tv
Num jeito de te levar a qualquer lugar que você queira
E ir onde o vento for
Que pra nós dois sair de casa ja é se aventurar
Me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar
E se o tempo for te levar eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar